(Foto: Stoyan Vassev)
Na época da União Soviética, a fábrica Likhatchev (Zavod Imeni Likhatcheva, ou ZIL) não só produziu caminhões lendários, mas também limusines para as principais autoridades do país, veículos 4x4 para o Exército, e até bicicletas e geladeiras.
(Foto: Stoyan Vassev)
Hoje, as oficinas foram desmanteladas, e as únicas lembranças do passado glorioso são as fotografias.
(Foto: Stoyan Vassev)
Maior zona industrial de Moscou, ocupava uma área de cerca de 300 hectares. Não muito longe do centro da capital russa, hoje se parece com um cenário de videogame ou filme pós-apocalipse.
(Foto: Stoyan Vassev)
A primeira unidade de produção da fábrica foi criada em 1916 sob o nome AMO (sociedade automobilística de Moscou). Era a primeira instalação soviética a produzir caminhões, conhecidos como AMO F-15 (o modelo era, na prática, uma cópia do caminhão italiano FIAT 15). Na década de 1930, a fábrica foi renomeada para Stálin.
(Foto: Stoyan Vassev)
Durante a Grande Guerra Patriótica, a fábrica produziu morteiros e granadas que seguiam direto das esteiras para a linha de frente. O caminhão ZIS-6, no qual o famoso lançador de foguete Katyusha foi montado, trilhou todo o caminho até as muralhas do Reichstag.
Nos anos de guerra, a ZIS produziu cerca de 100 mil caminhões e ambulâncias. Em junho de 1942, a fábrica foi premiada com a Ordem de Lênin pela excelência no fornecimento de armas, e em outubro de 1944, foi condecorada com a Ordem da Bandeira Vermelha do Trabalho.
(Foto: Stoyan Vassev)
A fábrica costumava empregar 65 mil pessoas. Vladímir Ivanovitch trabalhou aqui há mais de 40 anos operando elevadores e todas as linhas de transporte.
(Foto: Stoyan Vassev)
O ZIL 130 abandonado da foto seguinte será enviado para sucata. Em 1963, este era um dos caminhões mais modernos da época e recebeu a “marca de qualidade” da URSS.
(Foto: Stoyan Vassev)
Essa fábrica é uma cidade dentro da cidade. Estima-se ser necessário, pelo menos, um ano para percorrer todas as suas unidades de produção.
(Foto: Stoyan Vassev)
A fábrica tinha uma bomba de gasolina própria durante a URSS. E até hoje as instalações guardam traços daquela época.
(Foto: Stoyan Vassev)
No final da década de 1950, a planta foi rebatizada de Ivan Likhatchev, em homenagem a seu diretor. Ao longo dos anos, a ZIL também ajudou a desenvolver outras empresas nacionais. Por exemplo, o ZIL-170, projetado no final da década de 1960, foi a base dos primeiros veículos produzidos pela Kamaz.
(Foto: Stoyan Vassev)
A unidade de produção do motor deu origem ao coração do veículo – o motor, composto por centenas de peças em uma linha de produção semiautomática.
No total, o processo de montagem do veículo envolvia cerca de 70 operações.
(Foto: Stoyan Vassev)
Inessa Storojenko, que começou a trabalhar na fábrica em 1962, segura uma onda do escritor Maksim Górki, seu pai Miron Klitskin e o diretor da planta, Ivan Likhatchev.
“Likhatchev era vice-chefe do comitê distrital do Partido. Mais tarde, ele se tornou o bichinho de estimação de Stálin”, lembra Inessa. “Às vezes ele era muito desbocado”.
(Foto: Stoyan Vassev)
Em 1936 foi iniciada a produção da primeira limusine soviética, a ZIS 101, com base na Buick, dos EUA – a versão da URSS foi projetado de forma reversa a partir de um modelo acabado. Seis anos depois, Stálin encomendou o desenvolvimento de uma nova limusine de luxo, a ZIS 110, desta vez baseada no Packard. Os selvagens 1990, que seguiram o colapso da União Soviética, mostraram o despreparo dos ZIL. O chefe de Estado mudou para um Mercedes, e as limusines nacionais foram aposentadas.
Em 1992, a fábrica desenvolveu o caminhão Bull 53-01, baseado em um modelo Mercedes. O Bull veio a constituir a base de uma série de micro-ônibus. Até 1994, a fábrica ainda produzia o modelo ZIL 130. Mas já não era possível competir com os análogos estrangeiros mais recentes. No final da década de 1990, a fábrica sofreu com a invasão de modelos chineses mais baratos, e o fechamento se aproximava.
(Foto: Stoyan Vassev)
Vera Avsineeva tornou-se funcionária da fábrica em 1972 para trabalhar como transportadora. “O trabalho era estimado. Sempre difícil, mas interessante, e havia muito o que aprender”, diz Avsineeva. “A fábrica operava de segunda a segunda.”
(Foto: Stoyan Vassev)
Por volta dos anos 2000, a ZIL estavam em condições críticas, e as autoridades de Moscou tomaram a decisão de construir um tecnoparque e uma área residencial no local da fábrica. Ela deixou oficialmente de existir em 2013, e a maioria dos edifícios foram desmantelados em 2015.
(Foto: Stoyan Vassev)
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