VLADIVOSTOK, RUSSIA - JULY 6, 2016: A view of a cable-stayed bridge over the Zolotoy Rog [Golden Horn] Bay.
Yuri Smityuk/TASSVladivostok, situada a mais de 9.000 km a leste de Moscou (e 7 horas à frente da capital) é uma das cidades marítimas mais charmosas do mundo, segundo a revista “National Geographic”.
Mas, para aproveitar o melhor da viagem sem cair em armadilhas turísticas, vale a pena seguir as oito dicas listadas abaixo.
1. Melhor época
A melhor época para visitar Vladivostok é do início de agosto ao final de outubro. As estações em Primorie mudam um mês mais tarde do que no resto do país. Em julho, quando o verão já se manifesta por todo o território russo, Vladivostok esconde suas pontes (uns dos marcos da cidade) em uma névoa mais espessa do que Londres. E é somente em meados de setembro que o tempo permite aos moradores locais curtir uma praia. Durante o mês de outubro, a chega de outono traz consigo picos de dias de sol e cores outonais – uma das grandes atrações na época é admirar as colinas de cores diferentes com o azul do mar ao fundo. Embora tentador, o inverno não é recomendável aos visitantes; já a primavera é prolongada e a cidade some sob névoa.
Ponte estaiada sobre a baía Zolotoy Rog (Foto: Iúri Smitiuk/TASS)
2. Como chegar
A melhor maneira de chegar a Vladivostok é pegando um voo direto de Moscou operado pela companhia russa Aeroflot. Este trajeto leva apenas oito horas; partindo de São Petersburgo, são nove horas, enquanto que, de Tóquio, Pequim e Seul, apenas duas ou três. O aeroporto internacional de Vladivostok está localizado na cidade de Knévitchi (a 38 km da cidade). Para chegar ao centro, basta pegar um trem expresso: são aproximadamente 45 minutos de viagem por paisagens imperdíveis.
Entrada da cidade de Vladivostok (Foto: Vitáli Ankov/RIA Nôvosti)
3. O que levar
Na hora de fazer a mala, é preciso se atentar a alguns detalhes. Tênis e botas confortáveis são indispensáveis para percorrer as encostas mais íngremes da chamada “São Francisco russa”. Gorros de lã, roupa térmica e capas de chuva também são recomendáveis quase o ano inteiro, já que o vento do oceano tende a soprar forte. E não se esqueça de roupas de banho, já que o clima local pode oferecer uma agradável surpresa.
Para quem gosta de se aventurar nas montanhas ou surfar, não há por que levar a casa consigo: é possível alugar todo o aparato necessário para essas atividades.
Durante o verão local, praias de água cristalina são parada obrigatória (Foto: Vladímir Serebrianski)
4. Onde se hospedar
No centro de Vladivostok encontra-se o Azimut Hotel Vladivostok, perfeito para passar alguns dias. Uma opção barata para os viajantes, localizada estrategicamente perto do farol Tokarevsky, é o hotel Zhemchuzhina. Para mergulhar mais fundo na vida local, outra opção de hospedagem interessante é o albergue Tepló, cujo bar é ponto de encontro de engenheiros navais e aventureiros do mundo inteiro.
5. Circulando pela cidade
Chegar à ilha Russky de carro? Antes de alugar um automóvel e seguir para as praias de Chamora, abraçar as renas, ver os tigres no safári de Primorski ou descobrir as baías secretas da ilha Russky, deve-se ter atenção a um detalhe: o tráfego em Vladivostok circula na mão inversa, e os carros possuem o volante à direita (como no Reino e no Japão, por exemplo). Por isso, para quem não tem experiência, pode ser mais conveniente viajar de táxi. O custo mínimo de qualquer corrida é de 150 rublos (cerca de R$) e não é necessário dar gorjeta ao motorista.
6. Principais atrações
A maioria das atrações turísticas de Vladivostok são gratuitas. Mesmo assim, é bom seguir algumas dicas. Por exemplo, deixe a ponte pedonal em frente à baía Zolotoi Rog e ao farol Tokarevsky para quando o tempo estiver ensolarado e seco; caso contrário, você pode ser levada pelo vento ou nem chegar ao fim, já que o trecho de terra que o une à costa pode acabar debaixo d’água. Pegue um clássico russo na biblioteca pública da praça Sukhánov, tire uma selfie perto do monumento aos marinheiros que morreram durante a Segunda Guerra Mundial, ou descanse por um tempo em um dos tantos miradouros com vista para o mar.
Aliás, o melhor lugar para fazer uma refeição enquanto se aprecia a paisagem é o café Green, no piso superior do shopping Clover House.
Trecho de terra para o farol Tokarevsky (Foto: Iúri Smitiuk/TASS)
7. Dicas gastronômicas
Por sinal, a oferta gastronômica de Vladivostok combina diferentes culturas. Para saborear frutos do mar, bom vinho e outros luxos a preços acessíveis, uma boa pedida é o restaurante Molokó i Miod do restaurante, junto à praça Sukhánov. Além disso, o “pian-se” (bolinho recheado com couve e carne, e cozido a vapor, como um guioza) é a comida de rua mais tradicional da região e pode ser encontrado em várias pontos do Clover House, e as melhores massas estão no New York Street Food.
Poucos sabem que Vladivostok é também um paraíso para os amantes de café: em toda esquina há um café de boa qualidade, preço bom e serviço excelente. Um deles é o Caffetoria, situado em um edifício histórico sobre o qual repousa a ponte que cruza a baía Zolotoi; outra sugestão é uma versão local, porém decente, do Starbucks – a rede Pirate Coffee, cuja marca é representada por uma jovem marinheira.
Vistas aéreas são atração à parte de cidade oriental (Foto: Vitáli Raskalov)
À noite, o melhor tour pelos bares de Vladivostok inclui o Rocks (onde o coquetel B-52 chega literalmente em chamas), o Bar21 e o Whisky Bar.
8. Onde comprar souvenirs
Como não poderia falar, há também um local onde se pode comprar os melhores souvenirs de Vladivostok – mas atenção: cartões de crédito não aceitos. Trata-se do museu de Arsenyev, onde, entre outras coisas, é possível adquirir objetos militares.
E tome cuidado especial com as lembranças comestíveis: aqueles que quiserem levar frutos do mar, é melhor compra-los em lojas específicas no aeroporto de Knévitchi, que oferecem bolsas térmicas para manter os alimentos frescos durante toda a viagem.
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