A imperdível linha circular do metrô de Moscou

Estação Komsomolskaya está situada  sob três grandes terminais ferroviários

Estação Komsomolskaya está situada sob três grandes terminais ferroviários

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Cinco principais tesouros do maior museu subterrâneo do mundo; veja fotos.

O metrô de Moscou é conhecido em todo o mundo por ser o maior museu subterrâneo do mundo. Muitas de suas estações foram projetadas de forma luxuosa e decoradas pelos maiores artistas e escultores soviéticos, no estilo do classicismo soviético, como demonstração do poder da URSS.

No centro do mapa do sistema, existe uma linha circular, que consiste em 12 estações com trens que correm pelo coração da cidade. Essa linha foi construída depois da Segunda Guerra Mundial, com uma decoração que glorifica a força militar do povo russo. Quase todas as suas estações possuem importância arquitetônica e, para apreciá-las, basta fazer uma única viagem.

Ao entrar na linha circular, saia do vagão, observe a arquitetura e, sem deixar a estação, volte ao trem e siga para a próxima parada. A Gazeta Russa está pronta para guiá-lo nesse tour pelas cinco estações mais interessantes do museu subterrâneo de Moscou.

Park Kultury

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Essa estação leva ao maior parque de Moscou, o Górki. Possui cinco tipos de mármore, do cinza claro ao negro, além de outras atrações, como os candelabros imperiais e o baixo-relevo de mármore. Esses baixos-relevos foram feitos a partir de esboços de Isaac Rabinovich, que também decorou o pavilhão da URSS na Feira Mundial de 1939, em Nova York. Eles retratam cenas de trabalho e lazer do povo soviético, assim como atividades no Parque Górki, incluindo aeromodelismo, dança, futebol e tênis.

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Taganskaya

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A arquitetura medieval é o principal tema do design dessa estação. Intersecções de arcos criam um tipo de abóbada similar às encontradas nas câmaras dos nobres russos dos séculos 13 a 16. Os pilares foram decorados com painéis de majólica, no estilo do estúdio de Andrea della Robbia, o famoso escultor de Florença do século 16. Mas, em vez de imagens da Madona, ali estão imagens de heróis do Exército soviético, como marinheiros, operadores de tanque e pilotos. Todos em sua glória, com cartazes de vitória e baionetas, pintadas com esmalte e ouro.

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Komsomolskaya

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Essa estação foi construída como um tipo de "portal" de Moscou, uma vez que é localizada sob os três mais movimentados terminais ferroviários da cidade. Representa o ápice do classicismo soviético, com candelabros de bronze, arcadas de mármore e mosaicos monumentais feitos de vidro de cobalto. Hoje a estação ostenta oito mosaicos no estilo dos antigos templos. Neles estão retratados guerreiros famosos, comandantes militares e o líder da Revolução Russa, Vladímir Lênin, em um discurso na Praça Vermelha.

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Novoslobodskaya

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Essa é uma das estações mais solenes de Moscou. É conhecida por seus 32 vitrais do famoso artista soviético Pável Kôrin. Eles foram feitos na Letônia, de acordo com os desenhos de Kôrin, porque a Rússia não tinha uma tradição de fazer vitrais ou mesmo profissionais competentes. Antes de sua inauguração, os arquitetos temiam que a população associasse as estações a igrejas católicas. Mas o resultado foi outro: os vitrais foram associados a um mundo submarino. Seis dos vitrais retratam pessoas de diferentes profissões, incluindo um músico, um agrônomo e, claro, um arquiteto. Os 26 painéis restantes contêm padrões geométricos e estrelas.

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Kievskaya

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Essa foi a última estação a ser inaugurada na linha circular. Foi construída sob a supervisão pessoal do secretário-geral do Partido Comunista, Nikita Khruschov, que iniciou o "desmonte" do culto à personalidade de Iossif Stálin. A decoração elegante foi uma maneira de Khruschov prestar um tributo à sua terra natal, a Ucrânia. Após a abertura da estação, o líder soviético declarou uma guerra aos excessos na arquitetura, garantindo a glória sem rivais desse palácio subterrâneo.

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A entrada, como em outras estações, é decorada com mármore e granito, e colunas mostrando 18 painéis ao estilo de Florença. O baixo-relevo conta a história das relações entre a Rússia e a Ucrânia, dos tempos da Rada de Pereyaslav, em 1654 (quando os cossacos prestaram juramento ao tsar russo) até a revolução de 1917. Os títulos dos painéis falam por si: "Púchkin na Ucrânia", "A libertação de Kiev pelo Exército soviético em 1943" e "A amizade dos fazendeiros coletivos da Rússia e Ucrânia."

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