Ainda com seus dentes de leite, esse filhote tinha cerca de dois meses quando morreu, o que ao que indicam as evidências, aconteceu cerca de 18 mil anos atrás. O corpo mumificado foi descoberto em uma área em que o solo é permanentemente congelado (chamada de permafrost) perto do Rio Indigirka, na região de Iakutia, na Sibéria, Rússia. O gelo preservou o corpo do filhote e, principalmente, seu focinho, com cílios, bigodes e até o nariz aveludado.
Amostras genéticas do filhote foram enviadas ao Centro Sueco de Paleogenética (CPG), que possui o maior banco genético europeu com amostras de DNA de espécies caninas. A surpresa dos pesquisadores foi que não foi possível descobrir as origens ou a espécie do filhote logo de cara.
Sergei Fedorov, o pesquisador da Universidade Federal do Nordeste de Iakutsk que foi o primeiro a examinar o material do animal (e é o autor destas fotos), está bastante empolgado. “É algo intrigante, e se for um cachorro? Eu mal posso esperar pelos resultados dos próximos exames!”, disse.
A grande expectativa dos cientistas é que, por conta do DNA não ter sido conclusivo logo na primeira análise, esse filhote possa ser um exemplar dos chamados cachorros-lobo, uma possível espécie de transição entre os lobos e os cachorros.
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