Tu-160 "Cisne Branco"
A Tu-160 é a maior e mais poderosa aeronave supersônica da história da aviação militar. Apelidado de "Cisne Branco" por sua aparência incomum, o Tu-160 também é o bombardeiro mais rápido em uso no mundo.
Cada “Cisne Branco” pode transportar até 45 toneladas de bombas e mísseis. Para efeito de comparação, seus análogos estrangeiros diretos podem levar até 34 toneladas de carga no máximo.
O avião também tem os motores mais potentes da classe de bombardeiros estratégicos, que permitem alcançar uma velocidade recorde para esse classe de aviões, de até 2.300 km/h.
Esses aviões foram usados em batalhas pela primeira vez em 2015, durante a campanha militar da Rússia na Síria. Os Tu-160 realizaram ataques com mísseis de cruzeiro X-555 contra a infraestrutura do Estado Islâmico.
“O ataque realizado pelos Tu-160 teve um propósito militar e simbólico. O comando militar russo queria mostrar ao mundo as capacidades de nossa aviação estratégica, ver o desempenho do Tu-160 em circunstâncias de batalha real e em voos de longa duração e diminuir drasticamente as forças do Estado Islâmico em terra”, explica o especialista militar e editor-chefe da revista russa “Arsenal da Pátria”, Víktor Murakhóvski.
Hoje, as Forças Aéreas da Rússia possuem 16 aviões Tu-160s e Tu-160M1s, que deverão ser modernizados para a versão M2 até 2025. Assim, as aeronaves receberão novos computadores e sistemas de bordo, um novo sistema de navegação protegido, novos meios de guerra radioeletrônica e novas armas guiadas e não guiadas.
Sistema de lança-chamas pesado TOS-1A
O sistema pesado de lança-chamas TOS-1A é um complexo armado com projéteis termobáricos projetados para incendiar e destruir edifícios, fortificações e veículos blindados. A arma pode destruir tudo em uma área de até 40 mil metros quadrados, tornando impossível se esconder, mesmo em abrigos subterrâneos.
"O TOS lança mísseis com projéteis termobáricos e, no momento da colisão do míssil com o solo, surge uma nuvem de substância combustível que explode", explicou uma fonte no complexo militar-industrial que não quis ser identificada.
“O TOS é um dos sistemas de armas mais mortíferos do exército russo. Ele é usado em operações especiais, quando as unidades precisam incendiar rapidamente uma base mal protegida com tendas, veículos blindados etc", diz Murakhóvski.
O sistema TOS-1A tem 24 mísseis, pode disparar tiros únicos e tiros duplos de dois barris. A duração da explosão é de até 12 segundos. O tempo de preparação para abrir fogo é de 90 segundos. O alcance efetivo do sistema é de até 6 km.
Fuzil de assalto subaquático APS-5
O APS (na sigla em russo, rifle de assalto submarino das Forças Especiais) foi desenvolvido nos anos 1970 especialmente para eliminar mergulhadores inimigos que minam navios em docas, mas foi mantido em segredo e divulgado ao público apenas após o colapso da União Soviética.
"Hoje, a arma é usada pelos fuzileiros navais russos para proteger navios militares e comerciais no porto sírio de Tartus”, diz Murakhóvski.
A arma dispara flechas de aço especiais de 120 mm de comprimento, de calibre de 5,66 mm. Seu cano é liso para melhorar a precisão debaixo d'água, mas fora d'água a arma é bastante imprecisa.
Em comparação com arpões, o APS tem maior poder de penetração e pode perfurar trajes de mergulhador, capacetes e sistemas de respiração.
Em circunstâncias de batalha, um APS-5 é capaz de atingir um alvo a uma distância de 30 metros a uma profundidade de cinco metros. O alcance, porém, depende da profundidade de imersão. A 40 metros de profundidade, ele pode atingir um alvo a apenas dez metros de distância.
A arma foi desenvolvida para defender navios e submarinos em docas de inimigos que querem plantar bombas e de predadores subaquáticos, como tubarões.
O APS-5 pode disparar nos modos simples e automático. Também pode ser usado na superfície, mas não é muito eficaz, pois o alcance do fogo não ultrapassa os 100 metros. Assim, os mergulhadores normalmente recebem dois rifles de assalto: um APS e um AK.
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