Por dentro (e por fora) das 3 principais catedrais do Kremlin

12 de abril de 2022

Aleksandra Gúzeva

Mikhail Rozanov/Museus do Kremlin de Moscou

O fotógrafo moscovita Mikhail Rozanov apresenta a arquitetura austera das catedrais e a sua decoração multicolorida vívida em uma técnica em branco e preto que enfatiza a surpreendente beleza, imutabilidade e imponência desses grandes monumentos históricos.

Catedral da Assunção

A Catedral da Assunção (Uspenski) foi construída no século 15 pelo arquiteto italiano Aristotele Fioravanti como a principal igreja do Estado russo. Por vários séculos, foi o centro religioso da Rússia, onde os grão-príncipes foram estabelecidos para reinar, e tsares e imperadores foram coroados. Os hierarcas, metropolitanos e patriarcas russos dos séculos 14 a 17 tomaram posse de suas funções neste local, e a catedral se tornou seu local de sepultamento. Após a Revolução de 1917, a Catedral da Assunção foi convertida em museu.

Mikhail Rozanov/Museus do Kremlin de Moscou

Catedral do Arcanjo

A Catedral do Arcanjo foi construída no início do século 16 por outro arquiteto italiano, Aloisio Lamberti da Montignana (conhecido em russo como Aliéviz Friazin, ou Aliéviz Novy). Ao se livrar dos vários séculos de invasão tártaro-mongol na Rússia, o grão-príncipe Ivan 3º reuniu as terras russas e iniciou a construção da igreja para aumentar o prestígio de Moscou como a nova capital da Rússia tsarista. A Catedral do Arcanjo tornou-se local de sepultamento. Antes de partir para a guerra, os grão-príncipes e tsares russos costumavam rezar na catedral, dedicada ao Arcanjo Miguel, o patrono dos guerreiros, dos doentes e dos aflitos.

Mikhail Rozanov/Museus do Kremlin de Moscou

Catedral da Anunciação

A Catedral da Anunciação (Blagoveschenski) foi construída no final do século 15 por arquitetos russos de Pskov, que seguiram a tradição antiga da arquitetura religiosa russa (ao contrário das outras duas igrejas do Kremlin construídas posteriormente pelos italianos). A catedral é dedicada ao anúncio do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria de que ela daria à luz o filho de Deus. Por séculos, foi usada como capela privada dos grão-príncipes e tsares.

Mikhail Rozanov/Museus do Kremlin de Moscou

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