A agência nuclear estatal da Rússia, Rosatom, planeja remover seis objetos nucleares das profundezas das águas do Ártico russo. A empresa, que apresentou um plano de limpeza para a região, disse se tratar de um esforço para reduzir os riscos ambientais.
“A Rosatom pretende, nos próximos oito anos, remover do fundo das águas árticas da Rússia seis objetos que são mais perigosos em termos de poluição radioativa”, disse o porta-voz da corporação à agência de notícias TASS.
Do final dos anos 1960 ao final da década de 1980, cerca de 18.000 objetos radioativos foram despejados nas águas remotas do norte da Rússia. Embora a maioria apresente risco ambiental mínimo, alguns podem ser danosos para o ecossistema.
Além dos reatores dos submarinos K-11, K-19 e K-140, e o combustível nuclear usado do reator que servia ao navio quebra-gelo Lênin, a operação irá remover dois submarinos inteiros – o K-27, do mar de Kara; e o K-159, do mar de Barents.
Os demais objetos outrora despejados são considerados de pouca ameaça.
“De acordo com estudos, cerca de 95% dos 18.000 objetos despejados se tornaram naturalmente seguros; eles foram cobertos por lama, e o nível de raios gama em seus arredores está alinhado aos níveis naturais”, acrescentou o funcionário da Rosatom.
Toneladas de sucata
Como parte dos esforços de limpar as águas do Ártico, ecologistas militares do Distrito Militar Central coletaram cerca de 450 toneladas de sucata no Cabo Marre-Sale, na costa oeste da península de Iamal. A expectativa é que as operações sejam concluídas até meados de setembro, segundo o coronel Aleksandr Lapin.
“O agrupamento continua limpando a zona ártica no Cabo Marre-Sale, na península de Iamal”, disse Lapin, que é comandante do Distrito Militar Central. “Eles coletaram quase 443 toneladas de sucata, que é 66% das 676 toneladas planejadas.”
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a operação já permitiu a limpeza de uma área de dois hectares. O agrupamento, composto por mais de 30 militares, conta com 25 veículos especiais.
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