O serviço russo de vigilância veterinária e fitossanitária, Rosselkhoznadzor, concluiu recentemente a fase pré-clínica de testes de uma vacina contra covid-19 para animais.
“Concluímos a fase de testes pré-clínicos. Os testes preliminares foram realizados em cobaias – como doninhas, arminhos etc. Selecionados a variante ideal e eficaz da vacina”, diz Iliá Tchvala, vice-diretor responsável pela pesquisa científica no Centro de Proteção à Saúde Animal do Rosselkhoznadzor. Segundo Tchvala, não foi identificado nenhum efeito colateral ou complicações após aplicação do imunizante.
Assim como a vacina para humanos, a imunização de animais ocorre em duas etapas: a primeira dose é injetada, seguida de uma segunda 21 dias depois, tempo que o corpo do animal leva para desenvolver o nível máximo de imunidade.
Com o sucesso dos testes iniciais, os pesquisadores foram capazes de iniciar o segundo estágio, em maior escala. “Estão sendo feitos testes em cães, gatos... Em breve, começaremos a testar maciçamente em visons”, diz Tchvala.
O desenvolvimento de uma vacina para animais é fundamental para as fazendas de peles, já que os visons são sensíveis ao coronavírus e podem infectar uns aos outros, mas também transmitir a doença aos humanos. A Dinamarca anunciou na semana passada que irá abater todos os visons criados em seu território, entre 15 e 17 milhões, após a infecção de 12 pessoas por vírus oriundos desses animais.
A OMS também confirmou a possibilidade de transmissão do vírus a cães e felinos (leões, tigres e gatos), embora ressalte que “essas infecções não são causadoras da pandemia de coronavírus. A pandemia se deve à transmissão de pessoa para pessoa”.
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