5 conquistas das mulheres na URSS

Soldadora do Komsomol (a organização juvenil do Partido Comunista) em canteiro de obras.

Soldadora do Komsomol (a organização juvenil do Partido Comunista) em canteiro de obras.

Vsevolod Tarassévitch/MAMM/MDF
As manifestações de mulheres trabalhadoras que abalaram a Rússia no início do século 20 foram uma parte importante da Revolução Russa. Em parte, é por isso que a Rússia soviética se tornou um dos primeiros países do mundo onde as mulheres eram completamente iguais em direitos aos homens.

1. Igualdade política e direito de voto

Manifestação de trabalhadoras da fábrica de Putilov no primeiro dia da Revolução de Fevereiro de 1917.

O primeiro decreto soviético “Sobre a formação de um governo de operários e camponeses” essencialmente igualou homens e mulheres em direitos políticos e no exercício do governo. A Rússia soviética se tornou um dos primeiros países do mundo onde as mulheres receberam o direito de voto e o direito de ser eleitas para órgãos governamentais. Logo após a revolução, Aleksandra Kollontai se tornou a primeira mulher ministra do mundo.

2. Igualdade de direitos sociais e de propriedade

Os bolcheviques limitaram a jornada de trabalho das mulheres a 8 horas, proibiram o trabalho das mulheres nos turnos noturnos e no trabalho clandestino, garantiram igualdade de direitos salariais, à posse de propriedades e terras. O casamento entre um homem e uma mulher passou a não ser eclesiástico, mas civil, e se tornou uma união de pessoas iguais; as mulheres deixaram de depender servilmente dos maridos.

3. Licença-maternidade

Jovens mães caminhando com seus filhos, 1968.

Os bolcheviques concederam às mães trabalhadoras licença-maternidade remunerada e o direito de retornar ao trabalho depois. Nos primeiros anos do poder soviético, esta era uma licença remunerada de oito semanas antes do parto e oito semanas após o nascimento. Além disso, as mães que amamentavam podiam trabalhar só seis horas por dia durante nove meses após o parto.

4. Ensino superior

Estudantes com os filhos em uma aula em um clube feminino, 1928.

Antes da revolução, as mulheres já podiam estudar nas escolas e até nas instituições de ensino superior, que, porém, eram pagas, acessíveis a poucos e tinham um sistema competitivo rigoroso. Em 1918, as mulheres receberam o direito de ingressar em universidades gratuitamente, nas mesmas condições que os homens.

5. Feminismo

As mulheres da União Soviética têm direitos iguais de votar e receberem votos. Vida longa às mulheres da União Soviética que têm direitos iguais!

Para ensinar às mulheres como usufruir dos novos direitos, em 1919, foi criado no Partido Comunista o Departamento para o Trabalho com as Mulheres, conhecido entre os soviéticos como Jenotdel. O objetivo era “operar em conjunto com as mulheres trabalhadoras, a fim de educá-las no espírito comunista e atraí-las para a construção socialista”, lê-se na Grande Enciclopédia Soviética. O Jenotdel foi responsável pela propagação do feminismo. Os bolcheviques queriam erradicar as ideias de que mulheres eram o “sexo frágil” e que deviam ficar em casa com os filhos, servindo os maridos na “escravidão da cozinha”. Leia mais sobre Jenotdel aqui.

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