A Marinha Imperial Russa frequentemente escolhia nomes religiosos para seus navios, e um deles acabou na Marinha Soviética.
Em agosto de 1941, a bateria antiaérea flutuante independente nº 3 chegou a Sevastopol em missão de defesa. O navio de guerra tinha um nome bem incomum: ‘Ne Tron Menia’ (‘Não me toques’). De onde tiraram essa ideia?
Na verdade, o nome remonta à história do Evangelho da primeira aparição de Cristo a Maria Madalena após a Ressurreição. Maria, que reconheceu o Salvador, estendeu-lhe os braços, ao que ele disse: “Não me toques, porque ainda não subi para Meu Pai” (João 20:17).
É claro que os marinheiros soviéticos não escolheram um nome vinculado a uma passagem bíblica. A verdade é que o navio recebeu esse nome em homenagem a uma bateria flutuante blindada da Marinha Imperial Russa, construída em 1864, que, após quase 80 anos de serviço, afundou devido à corrosão do casco no rio Neva, em Leningrado (atual São Petersburgo).
No entanto, a Marinha Imperial Russa frequentemente escolhia nomes bíblicos, e o nome ‘Não me toques’ era um dos mais populares. Foi emprestado a nada menos que seis navios; o primeiro deles na época de Pedro, o Grande, no início do século 18.
A bateria antiaérea flutuante soviética em questão defendeu Sevastopol por mais de dez meses. Em 19 de junho de 1942, poucas semanas antes da queda da cidade, foi gravemente danificada por um ataque aéreo. Pouco depois, o armamento restante foi removido e a tripulação, chamada de volta.
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