Além dos tigres, a Rússia também é habitat de três tipos diferentes de leopardos, e todos eles são muito raros.
Leopardo do Extremo Oriente
A Panthera pardus orientalis é a subespécie de leopardo mais setentrional do mundo prefere a taiga impenetrável e a neve fofa de Primorski krai à selva tropical. Ele tem cerca de dois terços do tamanho de seus parentes africanos (pesa menos de 50 kg), mas é tão elegante e manchado como eles.
Os cientistas distinguem cada leopardo pelo padrão individual em sua pelagem. Na subespécie do Extremo Oriente, as manchas pretas tornam-se pálidas no inverno, o que melhora sua camuflagem em Primorski krai (sua cor viva não o impede de caçar pois sua presa, o corço, tem a visão preto e branco).
O leopardo do Extremo Oriente é cobiçado por caçadores e, embora a caça tenha sido proibida em 1956, a subespécie está à beira da extinção. Existem cerca de 130 exemplares dela no total: 120 vivem na Rússia, principalmente no parque nacional “Terra do Leopardo” e, o restante, na China, em uma área que faz fronteira com a Rússia.
Há também viajantes entre eles que atravessam livremente de um país para outro sem quaisquer documentos. E quem tentaria pedir-lhes os papéis?
Leopardo da Ásia Menor
A Panthera pardus ciscaucasica vive nas montanhas e adora rochas e paisagens pedregosas. Também chamada de leopardo da Ásia Menor ou leopardo do Cáucaso, era considerada uma espécie perdida até tempos recentes. Há muito tempo, ela habitou o Cáucaso e a Ásia Central, mas, na década de 1950, havia estava praticamente extinta.
As medidas para repovoar a natureza com esses animais na Rússia começaram em 2006. Vários casais de animais foram levados da natureza para o Parque Nacional Sôtchi do Turcomenistão e do Irã (onde ainda restavam) e também de zoológicos de Portugal e da Suécia.
Esses leopardos acasalaram e seus filhotes já foram detectados na Tchetchênia e na Ossétia do Norte. O brasão da Ossétia do Norte, aliás, retrata precisamente essa subespécie de leopardo.
Treze leopardos vivem atualmente no Cáucaso: três em Sochi, cinco na Ossétia do Norte e uma fêmea em Cabardino-Balcaria.
O leopardo da Ásia Menor é um pouco maior que o leopardo do Extremo Oriente, mas no inverno sua pelagem é muito clara, com um tom acinzentado, e suas manchas não são pretas, mas marrons.
Leopardo-da-neve
A Panthera uncia, também chamada de leopardo da neve ou irbis vive nas maiores altitudes dentre todos os leopardos. Claro, todos os felinos gostam de escalar o mais alto que podem, mas o leopardo-das-neves realmente bate recordes.
Este gato malhado selvagem pode ser encontrado entre 1.500 e 6.000 metros acima do nível do mar nas montanhas Tian Shan, Pamir e Himalaia. Na Rússia, o irbis vive na parte sul da Sibéria e nas montanhas orientais de Saian e Altai. Restam apenas alguns milhares de irbis no mundo, e eles são protegidos por governos em todos os lugares.
Basta olhar para a agilidade deles enquanto eles saltam para cima e para baixo nas encostas das montanhas:
Como os outros leopardos russos, é praticamente impossível avistá-los na natureza, pois são raros e furtivos. O irbis também tem uma cauda muito longa, de cerca de um metro de comprimento, e o divertido hábito de carregá-la na boca.
Gato Leopardo do Amur
O Prionailurus bengalensis euptilurus vive em Primorski krai, às margens do Lago Khanka, na fronteira com a China e no parque nacional “Terra do Leopardo”. Ele realmente parece um leopardo em miniatura, mas quando vai caçar, é um predador sério.
As chances de ver um gato como este na natureza são mínimas, porque ele também é um animal muito raro. Mas eles podem visitar humanos se acharem que esses têm bastantes gansos e galinhas. Mais importante ainda: nunca tente domesticar um animal desses!
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