A demolição de navios obsoletos não é uma tarefa fácil, e o ideal é que seja feita em uma doca seca. Na prática, porém, nem todas essas estruturas podem acomodar grandes barcos, como petroleiros ou navios de cruzeiro, e o processo é muito caro.
Metade dos navios do mundo fazem a última viagem a lugares específicos de demolição na Índia, em Bangladesh, no Paquistão, ou na Turquia. Ali mesmo nas praias, sem usar dispositivos automáticos, milhares de trabalhadores cortam manualmente a estrutura das embarcações com a ajuda de picaretas e martelos.
A demolição de navios não é apenas uma tarefa complexa, mas também perigosa e prejudicial tanto para a saúde dos trabalhadores envolvidos como para o meio ambiente. Durante o processo de desmantelamento são liberados, além da produção de sucata, produtos petrolíferos, mercúrio, chumbo, antimônio e etc.
Outra maneira de se livrar de um navio obsoleto é afundando-o em águas profundas. A URSS, por exemplo, tinha seis cemitérios no Oceano Ártico e quatro no Pacífico para “enterrar” navios, entre os quais a maioria pertencia à própria Marinha soviética.
A Rússia, os EUA e alguns outros países, entretanto, continuam afundando seus navios em regiões remotas dos mais diversos oceanos. Esse método está longe de ser perfeito por gerar poluição – e, no caso dos submarinos nucleares, radiação.
Algumas embarcações servem de alvo para a Marinha durante a condução de manobras militares ou testes de novos tipos de armas; outras são afundadas não muito longe da costa e tornam-se campo de testes para mergulhadores militares.
Não é só em águas profundas e remotas que aparecerem os cemitérios de navio. Baías em várias partes do mundo abrigam dezenas de navios em suas margens ou semiafundados nas águas costeiras, aguardando o lento processo de demolição.
Na Rússia, a maioria desses cemitérios estão localizados para além do Círculo Polar Ártico e no Extremo Oriente do país. Na base naval da Frota do Norte da Rússia em Olenya Guba, na região de Murmansk, é possível encontrar um cemitério com dezenas de submarinos inativos, mas a entrada para essa área é altamente restrita.
A demolição de veículos militares é estabelecida como prioridade. Em docas secas, essas embarcações passam por um processo de desmilitarização, durante o qual todas as armas e equipamentos secretos são removidos.
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